SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DA ALIMENTAÇÃO E BEBIDAS DO ESTADO DO RS

Consumo do sorvete no inverno aumenta de forma gradual

Levantamento da Horus, do grupo Neogrid, revelou que a compra de sorvetes no inverno de 2023 aumentou. Diferente de outras localidades, onde o consumo de sorvete é expressivo também no inverno, o Rio Grande do Sul, seguindo a lógica brasileira, vem aumentando, ainda que de forma lenta, o consumo do produto. Produtos que agregam no inverno, a exemplo do petit gateau e do brownie contribuem para essa mudança nos números. O SIAB-RS, sindicato que representa as indústrias dos sorvetes e outros gelados comestíveis, destaca o consumo do sorvete como alimento, especialmente aqueles feitos de fruta e/ou com leite que possuem qualidades nutricionais.

Segundo o presidente da Agagel- Associação Gaúcha das Indústrias de Gelados Comestíveis e Afins, Gian Lisboa, o gaúcho vem trazendo mudanças culturais de outros locais. “Vejo que, muito em função do aumento da disponibilidade de viagens para o exterior, que o gaúcho está trazendo essa cultura junto na bagagem e passando ela de geração para geração, inclusive aqui nossos vizinhos argentinos e uruguaios têm essa cultura de sorvete também no frio aflorada”, coloca.

Inovações no mercado sorveteiro

A grande inovação dos últimos anos em produtos foram as paletas mexicanas e, mais recentemente, os Sorbet, que são sorvetes a base de frutas, chamado popularmente de creme da fruta, como o já tradicional açaí e agora chegando no mercado, a pitaya e o cupuaçu. 

Indústria foi fortemente atingida pela enchente

De acordo com levantamento da Agagel, as enchentes de 2023 e 2024 impactaram direta e indiretamente grande parte do setor. “Não só perdemos fábricas inteiras, como clientes e parceiros, produtos em posse de terceiros e também muitos equipamentos (freezers) que tradicionalmente são fornecidos em comodato para que o nosso produto seja disponibilizado nesses parceiros de negócio”, lamenta Gian Lisboa, que inclui as dificuldades de logística, armazenamento de produto acabado nas fábricas em função da falta de energia e incapacidade de produção por não terem mão de obra disponível como agravantes deixados pelas enchentes.